Mais de 300 animais representam a Região Central na Expointer de 2025

A vitrine do que há de mais tecnológico no agronegócio estará concentrada mais uma vez no Parque Assis Brasil, em Esteio. A 48ª Expointer, maior feira a céu aberto da América Latina, iniciará oficialmente neste sábado (30), mas muitos dos participantes já viajaram para o evento. Dos 39 municípios da Região Central, 18 estão com animais expostos, somando 300 ovinos, bovinos de corte, equinos, zebuínos  e pássaros. 

Com maior participação, Santa Maria soma 72 animais, seguida de São Gabriel e Júlio de Castilhos, com cerca de 50. O evento, que segue até 7 de setembro, também terá a integração de empresas, e produtores no Pavilhão do Artesanato. 

A visitação será das 8h às 20h e os ingressos podem ser adquiridos online ou na bilheteria da feira (programação abaixo).

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Para os criadores, a Expointer é a oportunidade de fortalecer a genética da região e de atrair interessados de diferentes estados. Um animal de belo porte, rápido e até com medidas fartas pode receber prêmios. A Fazenda do Angico, de Tupanciretã, não perdeu tempo este ano. Foram os primeiros a chegar quando o parque abria as portas, na última segunda-feira (29). Especializados nas ovelhas da raça texel Naturalmente Coloridas, buscam este ano novas premiações com um macho e uma fêmea, após ganhar em 2024 a Cabanha do Ano dessa variedade. 

– Estamos aqui para tentar alguma premiação, que sempre é bom.  Aqui é um lugar visado por todo mundo. Vêm vários criadores, que não são expositores, em busca da genética – relata o pecuarista da Fazenda do Angico,  Arthur Valladão, 35 anos. 

A busca anual por destaque 

São 20 anos consecutivos na Expointer para a cabanha Fazenda Descanso, de São Martinho da Serra. Na bagagem, 18 premiações. Ela é referência na raça suffolk  e texel nas variedades Brancas e Naturalmente Coloridas. Neste ano, serão 25 animais apresentados, descreve o médico veterinário e proprietário João Augusto Botelho do Nascimento, 48 anos: 

–  São 15 animais da raça suffolk e 10 da texel. Preparamos os animais para estarem no seu maior potencial zootécnico naquele dia, mas a avaliação depende do olhar de outra pessoa. E que possamos ser agraciados com algum grande campeonato. São animais que recebem grande investimento durante o ano. E até, dois anos antes da feira em que iremos competir. 

Equinos 

Mesmo a região não sendo referência em equinos, há representantes que se fazem presentes ano a ano e levam prêmios para casa. No caso da Cabanha Niazzi, de Lavras do Sul, são quase 10 anos consecutivos e, neste, serão dois animais, explica o  agropecuarista Tiago Antoniazzi, 46 anos: 

– Este ano vamos com dois animais uma fêmea e um macho. Já tivemos alguns animais premiados com duas rosetas na morfologia e alguns finalistas do Freio de Ouro. 

Cidades da Região Central com expositores

Dos 39 municípios da região central, 18 estão com animais expostos da feira. Os dados foram retirados do site do evento. ​

Santa Maria – 72 

• 39 ovinos; 3 bovinos de corte; 9 equinos; 21 pássaros canários 

São Gabriel – 53 

• 4 ovinos; 43 bovinos de corte; 6 equinos 

Júlio de Castilhos – 52

• 22 ovinos; 19 bovino de corte; 5 bovinos mistos; 6 equinos

São Martinho da Serra – 27

• 25 ovinos; 2 equinos 

Lavras do Sul – 22

• 4 ovinos; 9 bovinos de corte; 9 equinos 

Santiago – 44

• 27 ovinos; 7 zebuínos; 10 equinos 

São Sepé – 15 

• 7 bovinos de corte; 7 ovinos; 1 equino 

Tupanciretã – 14 

• 9 ovinos; 3 bovinos de corte; 2 equinos
  

Cruz Alta – 11

• 6 ovinos; 5 equinos 

Caçapava do Sul 

• 8 equinos 

Rosário do Sul – 7

• 3 ovinos; 4 equinos 

Jaguari

• 3  bovinos de corte 

São Vicente do Sul – 3

• 1 ovino; 2 equinos 

Cacequi

• 2  bovinos de corte 

Itaara

• 1 equino
  

Jari

• 1 equino 

Santa Margarida do Sul 

• 1 equino
  

São Martinho da Serra

• 2 equinos
  

São Pedro do Sul

• 1 bovino de corte 

Os desafios do clima 

As dificuldades climáticas são constantes para o setor, e este ano os participantes sentiram mais uma vez. A cabanha de Nascimento, em Lavras do Sul, por exemplo, enfrentou 68 dias sem chuva, o que impactou diretamente a produção de pastagem e aumentou os custos de manutenção. Ele comenta o impacto da seca: 

– Não faltou comida, mas  tivemos que investir mais em grãos e alternativas de alimentação, o que encarece bastante o processo.

Esse seria mais do que um exemplo isolado para o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Santa Maria, Rodrigo Ribas. Além dos efeitos do clima, o alto custo da atividade pode gerar uma redução de participantes nesta edição. 

– As cabanhas são muito onerosas e acho que em um ano de crise, alguns desses custos são reduzidos. Algumas propriedades deixam de levar os animais pelo alto custo em prepará-los e mantê-los durante todo o período da feira. Temos notado uma redução no número de animais nos galpões, que a gente chama de animais de argola. E, talvez, um aumento na parte comercial, de insumos – analisa Ribas. 

A Expointer 

Ingressos

• Pedestre: R$ 20
  
• Estudante: R$ 10, mediante carteira da UNE (superior), UBES (médio ou fundamental), UGES ou equivalente Expointer+1.
  
• Idosos (60 anos ou mais): R$ 10, com apresentação da carteira de identidade Expointer
  
• Pessoas com deficiência: R$ 10, conforme Lei Federal nº 13.146/2015 Expointer
  
• Crianças até 6 anos: entrada gratuita quando acompanhadas dos pais ou responsáveis Expointer

Venda antecipada online no site da Expointer. 

Shows nacionais 

• Mais de 50 shows e apresentações de dança
  
• Sábado (30) –  Show de encerramento com cantor Daniel, às 21h, Pista dos Cavalos Crioulos.
  
• Domingo (31) – Show de encerramento com Alexandre Pires (Pagonejo Bão), 21h, na Pista dos Cavalos Crioulos
• O Festival Sou do Sul também inclui artistas regionais consagrados como Elton Saldanha, Luiza Barbosa, Shana Muller, Renato Borghetti, Gaúcho da Fronteira, Guri de Uruguaiana e cerca de mais 20 artistas gaúchos Expointer.
  

Programação completa no site. 

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